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Em sua primeira edição, livro traz textos produzidos pelos estudantes, que registram vivências e abusam da criatividade na produção dos textos.
Alunos do Ensino Médio da Escola Professor Jairo Grossi realizaram no sábado (02/12) o lançamento de um livro especial produzido pelos próprios estudantes da escola. A publicação inédita contou com o acompanhamento dos professores e foi lançada durante um evento, no auditório Celso Simões Caldeira, Unidade Acadêmica I do UNEC, Centro Universitário de Caratinga.
Dedicação, técnica, conhecimento, mas acima de tudo: coração. São ingredientes que podem ser usados na produção de um bom texto. A magia da escrita leva a caminhos tortuosos, persuasivos, mas acima de tudo, singulares. Buscando desbravar tal mundo e explorar a alma dos jovens, sua visão e suas descobertas, próprias da idade, a Escola Professor Jairo Grossi lançou o livro: “Sem Medo da Folha Branca: Singularidade na contemporaneidade”. A ideia foi fazer com que através do projeto os estudantes perdessem definitivamente o medo da escrita e da leitura.
O trabalho foi organizado pelas professoras Eliza Cristiane de Rezende Marques, coordenadora da Área de Linguagem da escola e Verônica Cristina Côco dos Santos, especialista em Redação Técnica e em Língua Portuguesa . “O trabalho começou no início do ano. A proposta era refletir sobre os problemas contemporâneos. Tanto é que não estabelecemos uma só temática. Os alunos refletiram sobre diversos temas, que são tratados na mídia, e em sala de aula, e escreveram sobre eles. O livro foi organizado com tais reflexões contemporâneas, com o texto não verbal, com uma frase que define de um pensamento socrático, filosófico. Também não nos esquecemos da importância da família para consubstanciar a educação dessas crianças,” afirma Eliza.
Já Verônica destacou as atividades em sala de aula. “A inspiração do trabalho veio a partir das atividades em classe. Algo que identificávamos muito nos alunos era o medo de começar uma produção textual. Quando pensamos no projeto, que já é um sonho, o medo foi a primeira coisa que veio à cabeça. Mostramos a partir do trabalho que não se precisa ter medo da folha branca. Pois é nela que tudo se inicia.”
Os textos produzidos trouxeram um pouco da experiência de vida dos jovens adolescentes e de suas vivências. O uso da criatividade no relato de temas contemporâneos e do cotidiano, por exemplo, chamou a atenção.
“Tenho muitos amigos, que após a publicação, decidiram lançar seu próprio livro. Tiveram a ideia fora da escola. Aprenderam como fazer e decidiram colocar a mão na massa. Isso é bacana. Eles gostam de escrever e agora se sentiram ainda mais motivados,” afirma Emmanuele Victória, aluna do 2º ano da Jairo Grossi.
Já João Victor Ribeiro Gomes, aluno do 3º ano da escola, disse que as atividades foram fundamentais para o desenvolvimento do aprendizado. “Foi um trabalho muito legal. Aprender a escrever e poder desenvolver essa prática é muito bom. É fundamental para o nosso aprendizado.”
Lucas Ribeiro Moreira, aluno do 2º ano, preferiu dedicar a sua participação aos familiares. “Fiz uma participação em homenagem à minha família, com fotos, a produção de texto, e muitas lembranças legais. Gostei muito.”
O evento proporcionou um momento de diversificação e de conhecimento. Para Camila Lopes de Morais, também aluna do 2º ano, o projeto ajuda os colegas a se conhecerem melhor. “Saber um pouquinho de cada um, de como o outro se sente, suas perspectivas. A singularidade de cada um, a facilidade ou dificuldade que ele tem para escrever sobre determinados temas.”
O tema ‘Sem Medo da Folha Branca’ implica mesmo em perder o medo de escrever, de deixar fluir a imaginação e quem sabe se tornar um autor contemporâneo. Enfim, deixar a sua marca e escrever a sua história.
“Coroa todo um trabalho. Um escritor é acima de tudo alguém que não tem medo, e sim coragem. É preciso coragem para escrever e para publicar. Uma vez publicado, o texto não te pertence mais. Passa a ser do leitor. Foi um trabalho sensacional. Sou um incentivador da escrita e da leitura e defendo sempre que o livro é capaz de abrir portas e mudar a vida das pessoas.” Foi o que disse o escritor Eugênio Maria Gomes, Pró-Reitor de Administração do UNEC e pai de um dos alunos da Jairo Grossi.
Já a diretora da Escola Professor Jairo Grossi, Francisca Pires, acredita que o projeto tenha, entre outras vantagens, a de integrar aluno e professor através da escrita. “O aluno chega ao final da educação básica sabendo escrever e expressar todas as suas ideias. O livro é a culminância desse projeto. É um momento de muita satisfação. Uma experiência que eles vão levar para o resto da vida.”, finalizou.
Fonte: Decom/UNEC